Primeiro é necessário marcar uma consulta, na qual será realizada a avaliação e explicações básicas sobre a má oclusão e estética. Se for constatada a necessidade de iniciar um tratamento ortodôntico, o paciente será encaminhado a um centro de radiologia, onde será realizada uma série de exames.

Numa segunda consulta esses exames, que compõem a documentação ortodôntica, possibilitarão fazer uma avaliação mais aprofundada seguida de um planejamento, que será discutido com o paciente, para dar início ao tratamento. Nessa etapa, o paciente poderá tirar todas as dúvidas em relação aos procedimentos que se seguirão, bem como ser esclarecidos sobre os aparelhos a serem usados, estimativa de tempo de tratamento, prognóstico...

Os dentes tem uma tendência a retornar a posição original deles na arcada. Esse fenômeno é denominado de recidiva. Ela ocorre por inúmeras causas e será avaliada de forma minuciosa para descobrir o motivo dessa movimentação indesejada antes de iniciar um possível retratamento ortodôntico.

Dentre algumas causas, pode-se citar o uso inadequado ou mesmo a falta do uso dos aparelhos de contenção, alterações respiratórias, má postura da língua, hábitos deletérios e o próprio envelhecimento.

Essa pergunta não pode ser respondida com um número. Não é a idade que determina o início do tratamento ortodôntico, mas sim um conjunto de fatores: o tipo de má oclusão do paciente, o envolvimento de fatores estéticos que incomodem a criança ou os pais e finalmente, a maturidade da criança.

O tratamento ortodôntico pode ser iniciado em crianças bem novinhas (meu paciente mais novinho até hoje, tinha 3 anos). Existem alterações dentárias e nas bases ósseas, que devem ser corrigidas o mais cedo possível, para não perpetuar um crescimento ósseo assimétrico ou inadequado, principalmente se há fatores genéticos envolvidos (ou seja, se o pai ou a mãe também tem a mesma alteração, por exemplo, “queixo para frente”). Mas, atenção, o aparelho só deve ser indicado para crianças colaboradoras e maduras o suficiente para que o tratamento gere o benefício, ao invés de um trauma. Essa decisão será discutida com os responsáveis e também com a criança.

Essa dúvida também não deve ser respondida com um número porque não é a idade que determina o início do tratamento ortodôntico. Os bráquetes, que são as peças do aparelho fixo, só devem ser colados em dentes permanentes. Portanto, assim que o paciente já tiver a dentição permanente, independente da idade, ele poderá ser avaliado quanto a necessidade de iniciar o tratamento ortodôntico com aparelho fixo.

Existem situações em que as bases ósseas estão tão mal posicionadas que somente a movimentação dentária, realizada com a ortodontia, não é suficiente para melhorar a engrenagem dos dentes. Na maioria destes casos, inicia-se o tratamento com o alinhamento e nivelamento dos dentes, com o aparelho. O paciente submete-se a cirurgia de reposicionamento dos ossos, e em seguida, continua a ortodontia para finalizar os últimos ajustes dos encaixes dos dentes. Ou seja, a cirurgia é realizada no meio do tratamento ortodôntico. O melhor momento para ser realizada é planejado em comum acordo com o paciente e o cirurgião bucomaxilofacial.

Ao final do tratamento ortodôntico ativo, o paciente inicia o período do tratamento passivo, período de contenção, igualmente importante. Para a estabilidade do resultado obtido, indico o uso de aparelhos de contenção, em geral, móvel na arcada superior e fixa, na arcada inferior.

O paciente deve usar os aparelhos de contenção conforme a orientação. Não existe uma “receita”, um protocolo que serve para todos os pacientes.

Em geral, sugiro uso do aparelho móvel superior, 24 horas, durante pelo menos 6 meses, devendo ser removido somente para alimentação e higienização.

Já a contenção inferior, é fixa. Sugiro uso pelo tempo máximo que o paciente conseguir. A região anterior inferior é onde se observa maior movimentação dentária, durante o envelhecimento. Por isso, a indicação pelo período prolongado. Foram observados, na literatura, movimentos tardios desses dentes, mesmo em pacientes que sempre tiveram bom alinhamento e nunca usaram aparelho.

Por isso, o paciente deve passar por reavaliações periódicas para um acompanhamento da estabilidade pós-tratamento assim como identificação de quaisquer novos eventos que justifiquem intervenção.

Ainda não existem estudos na literatura, que comprovem a relação direta entre o papel dos terceiros molares no desenvolvimento do apinhamento (desalinhamento) dos dentes anteriores inferiores. Portanto, não indico a extração dos sisos apenas com a intenção de prevenir apinhamentos ou evitar a recidiva no pós tratamento ortodôntico.

Nem sempre. Qualquer força pode acarretar movimentações dentárias indesejadas e ou alterações na arcada, em virtude de uma remodelação do osso da criança, ainda em desenvolvimento. Tais alterações dependem da intensidade e duração da força. Isso quer dizer que forças de baixa intensidade realizadas por um período prolongado assim como forças moderadas e altas por um período mais curto podem ter o efeito de provocar alterações ósseas e dentárias, como, por exemplo, chupar bico ou dedo. No entanto, ao cessar o hábito precocemente até em media aos 3 anos, a má oclusão tende a se autocorrigir, contudo nem sempre isso acontece.

Primeiro, ao colocar o aparelho fixo, é necessário um cuidado redobrado com a higienização bucal, usando a escova, pasta e fio dental que já eram de costume. Existem acessórios, opcionais, que ajudam nesse cuidado, a escova interdental, o passa fio. Na consulta forneço orientações sobre o uso desses acessórios que são de grande valia, evitando formação de manchas e lesões de cárie mais profundas durante o tratamento ortodôntico.

Segundo, o aparelho fixo exige cuidados mais rigorosos também, com o tipo de alimentação. É preciso evitar comer alimentos de consistência mais dura e pegajosa, como balas, chicletes, pipoca, amendoim para que as peças não se descolem dos dentes. Isso ajuda no andamento do tratamento, tendo em vista que não será necessário refazer procedimentos que já haviam sido realizados e nem corrigir efeitos colaterais danosos.

O tratamento com alinhadores pode ser realizado desde crianças até adultos e idosos, sem limite de idade!

Com a tecnologia atual, os casos corrigidos já abrangem todas as complexidades, desde os mais simples até aqueles associados a cirurgias.

Primeira recomendação seria tentar colocar o alinhador da sequência, ou seja, se perdeu o 9; tentar encaixar o alinhador 10. Se isso não for possível, se a adaptação não acontecer, voltar para o alinhador anterior, no caso o 8, e entrar em contato com seu doutor. Após uma avaliação, um novo alinhador poderá será solicitado, em caso de necessidade.

Não há estudos científicos que contraindiquem a aplicação de botox em grávidas e lactantes, porém, por precaução, a administração não deve ser realizada.

Após aplicação, os efeitos da toxina podem começar a ser observados em 48 a 72 horas, tendo resultado da sua expressão em 15 dias. O efeito pode durar de 3 a 6 meses. Os resultados e duração dependem de muitos fatores, entre eles, a sensibilidade individual do organismo, atividade física, padrão de contração muscular, quantidade aplicada.

O botox é uma toxina usada com o objetivo de suavizar ou mesmo paralisar a contração muscular, fazendo com que as rugas da expressão facial diminuam ou até desapareçam após sua aplicação, ou seja, ela é indicada para as “rugas do movimento”, “rugas da mímica facial”.

Já o preenchimento é realizado com ácido hialurônico e atua sobre as rugas estáticas, com o efeito volumizador. Nesse caso, as rugas são suavizadas pelo preenchimento com o material aplicado sob a pele, ou seja, ele é indicado para as “rugas do repouso”, rugas que já existem mesmo que nenhuma expressão esteja sendo realizada.

Sim! Um tratamento é complementar ao outro. Eles atuam de formas distintas, o botox suavizando a contração muscular para diminuição das rugas do movimento e o preenchimento para volumização das rugas já existentes.